sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

LÍNGUAS ARAWAK E IDENTIDADE PANAMAZÔNICA

O arawak é a língua indígena mais falada na região da Amazõnia continental. Entre os oito países que compõem a região da grande floresta tropical úmida, o arawak é o tronco linguístico mais fluente. A Venezuela, que tem perto de 600.000 falantes, é o país onde este tronco linguístico é mais preservado.
Embora seja falado de Maimi, nos Estados Unidos, à Terra do Fogo, na Argentina, é na Amazônia brasileira, e muito especialmente, no Amazonas, que esta língua tem um significado identitário especial. Entre suas famílias linguísticas estão o Curripaco, o Tariano, o Baniwa de Maroa, o Baré e a extinta Manaus, dos Unomanaus. Estes últimos , habitantes do médio e baixo Rio Negro, do afluente Padauiri, foram os que deram origem ao nome da capital do Amazonas,Manaus,terra de Caboquena e seu filho Ajuricaba ( Auicaua ). Suas últimas 100 palavras registradas, depois do etnocídio português que extinguiu a nação na batalha do rio Urubu, afluente do rio Negro, estão registradas pelos naturalistas Martius e Spix. O professor e linguísta Henri Ramires as reproduziu em seu livro Línguas Arawak na Amazônia Setentrional.
Por mais simples e óbvio que pareça, há uma expressão Arawak que se universalizou, sendo inclusive tema de publicidade de um refrigerante na última copa do mundo. A expressão todo mundo usa e conhece, mas não percebe sua "parte" Arawak. A expressão é "Ahãn" ! Quer dizer: Estou entendendo!
Ahãn: Entenderam?

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