domingo, 29 de agosto de 2010

AGRADEÇO SETEMBRO:ENCONTRO DA DIVERSIDADE CULTURAL E SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE POLÍTICAS CULTURAIS (Dedico ao Fábio do RN -Sem Vergonha)

Neste setembro, além do aniversário de maioridade de meu filho Thiago,ocorrerão dois outros importantes acontecimentos: 4/5 acontecerá o encontro da Diversidade Cultural e 22/23/24 será a vez do Seminário Internacional de Políticas Culturais.
O aniversário do meu filho, professor de idiomas, é a prioridade.
Os dois outros acontecimentos, eu agradeço a gentileza e a grandeza do convite, porém, infelizmente, não posso atender a vontade dos organizadores.Estou em período letivo e implantando a disciplina Cinema e Direitos Humanos, na Universidade Federal do Amazonas. Isto me exige tempo e concentração, daí minhas desculpas.
Contudo,como sendo um dos três fundadores do movimento que inspirou a política cultural do Governo Lula, mesmo de longe, daqui da Amazônia, não deixarei o Sul-Maravilha (que luxo!), nem o Mercosul, sem as informações essenciais para entender este momento histórico.Vamos lá.
Ao Encontro da Diversidade Cultural, que espero não seja partidarizado, nem eleitoreiro, lembro que no meu livro ARTISTAS DE MARCO - UM MOVIMENTO ARTÍSTICO NA AMAZÕNIA, sou fonte histórica primária do primeiro movimento cultural organizado no Brasil por entidades artísticas-culturais e não por personalidades ou segmentos.Mostro como, em 1989, estas entidades organizaram um movimento propondo, para a Constituinte do Amazonas, um sistema de fundos de cultura públicos e conselhos gestores paritários. Depois de várias manifestações, mostro também como, em 2003, estas 28 entidades assinaram carta-manifesto e a entregaram a Sérgio Mamberti, Márcio Meira e ao finado poeta Wally Salomão, propondo a mesma coisa para o Brasil.
Creio que os estudiosos e acadêmicos, que estarão presentes ao evento, não cometeriam o crime de lesa-memória ou colonialismo interno de esquecer a matriz de todo o debate.O Ministério da Cultura tem 100 exemplares e o Ministro Juca, que em ato de grandeza nos chamou de pioneiros, possui um exemplar pessoal autografado.Mesmo ausente, creio que o livro poderia ser uma fonte primária para estes pesquisadores do contemporâneo.
Lamento apenas, e isto é uma crítica, toda ela construtiva, que a organização, muito atarefada, esqueceu o artesanato e a arte na programação oficial.Na Convenção da Diversidade Cultural da ONU, a arte tem o papel central. Portanto, cuidado com "ato falho".
Aos organizadores do Seminário Internacional de Políticas Culturais, lembro que a cultura está muito além de sua dimensão acadêmica. Lembro , ainda, que há um debate muito interessante sobre integração cultural dentro da Organização do Tratado de Cooperação Amazônico (OTCA). Envolve mais de 100 acordos de cooperação para os 8 países signatários que vão do Radioamador ao Intercâmbio Cultural.
Sei que seria deselegante a ausência de convite tanto para escritores da CAN (Comunidade Andina), como para escritores que habitam os países da OTCA.Mas creio que o debate sobre meu livro supracitado corrige o lapso de memória dos organizadores do Seminário sobre Política Cultural no Mercosul.
Agradeço setembro e lembro que mais que meu teatro do indígena na cidade e no presente ou minha literatura cômico-fantástica de desglobalização, meu filho Thiago é minha obra-prima!

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