quarta-feira, 30 de março de 2011

NOTA SOBRE O FALECIMENTO DE JOSÉ DE ALENCAR

José de Alencar número 1 foi um dos inventores do Romantismo literário brasileiro.No começo do século XIX, criou o chamado romantismo nativista ou indianista,que correspondeu ao sentimento e a ideologia da independência do Brasil, em 1822. Foi um Latifundiário, filho de senhor de escravos, que procurou estimular os sentimentos de nacionalidade do novo país, independente do reino de Portugal.Criou a idéia que o Brasil era um país de "duas raças", indígenas e brancos, já que os negros continuavam como escravos. O Guarani é o modelo.
O José de Alencar 2, trabalhador que virou empresário, foi o vice-presidente da mais vitoriosa aliança de classes já construída no Brasil. Sendo vice de um presidente operário-metalúrgico, consolidou a aliança com sua biografia empresarial. " Pela primeira vez na história deste país" , uma aliança capital-trabalho foi hegemonizada, comandada, pelos trabalhadores.
Mas existe um José de Alencar 3, acima dos dois outros, que derrotou a morte e gargalhou na sua face: Não foi nem o latifundiário fundador do Brasil, nem o empresário expropriador da mais-valia, do trabalho não pago, de seus trabalhadores: O José de Alencar 3 transcendeu sua classe social e virou uma lenda do amor a vida.
A este José de Alencar 3, este escritor dedica uma frase feita por ele mesmo: " Se Deus quiser me levar, não precisa do câncer para fazer isto. Mas se Deus não quiser me levar, não tem câncer que me leve".
Boa morte, guerreiro!

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