sexta-feira, 4 de março de 2011

PARÁ PUBLICA LIVRO SOBRE POLÍTICA CULTURAL NO GOVERNO LULA

Em 2003, no início do governo Lula, 28 entidades do movimento artístico-cultural amazonense entregaram uma Carta-Manifesto à Secretaria de Articulação Política do Ministério da Cultura. Neste Manifesto, sugeriram um "Sistema Nacional de Fundos de Cultura e Conselhos Gestores Paritários" conforme estava escrito no art.203, da Constituição do Amazonas, de 1990.Sugeriram ainda que a centralidade da nova política cultural fosse o financiamento da Ação Cultural, da Criação, e não apenas da Conservação e da Distribuição.
O MINC submeteu esta proposta à primeira Conferência Nacional de Cultura e ela tornou-se o tópico II das resoluções desta I Conferência.Em seguida, o MINC passou a institucionalizar tal política, mesmo que sua tramitação congressual não acompanhasse sua legitimação social.
Na II Conferência Nacional de Cultura, o novo Sistema Nacional de Fundos e Conselhos Gestores foi a proposta mais votada, consolidando sua legitimação social.
Todo este movimento artístico-cultural amazonense que influenciou a política cultural do governo Lula foi relatado por mim, como fonte primária, no livro OS ARTISTAS DE MARÇO: UM MOVIMENTO ARTÍSTICO NA AMAZÔNIA.
Agora, através da Fundação Perseu Abramo, o paraense Antônio Canelas Rubim, em um gesto de grandeza, reconta esta história no livro Políticas Culturais no Governo Lula, editado pela Fundação Perseu Abramo.Além deste movimento pioneiro e original, o pesquisador paraense relata outras experiências sobre políticas culturais,especialmente estatais, nos últimos 8 anos , especialmente no Pará.
Antônio Rubim é daquelas mentes grandes que não alimentam rivalidades , nem mesquinharias.Conhece o Blue da Piedade , de Cazuza:
"Piedade, senhor, piedade, para esta gente careta e covarde. Piedade, senhor, piedade, lhes dê grandeza e um pouco de coragem!".


Fonte: Boletim da Fundação Perseu Abramo - 01/03/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário