MENSAGEM DE TAMBOR AO POETA JORGE TUFIC

Caro poeta,
Obrigado pela lembrança.
A geração Madrugada foi essencial para minha vida de escritor. Especialmente você, Engrácio (mirim ou açu), Anthístenes e Mylord Bacellar.
Clique o blog www.literaturapanamazonica.blogspot.com Divulguei seu livro para os oito países da Pan-Amazônia, especialmente para os movimentos culturais dos países da Organizaão do Tratado de Cooperação Amazônica.
O Thiago Melo, meu primo,continua um marqueteiro,terrorista e,agora,deu para ser lobysta de editoras que aplicam golpe no orçamento público. Ou seja... quer dizer: editora é empresa que deve se orientar e sobreviver pelas leis de mercado. Oferta e procura, não é essa a lei do capitalismo?
O Márcio Souza repetiu a estética teatral da fórmula do Pe. José de Anchieta: teatro do indígena na floresta e no passado. Temática indígema e fôrma-forma grega. Meu teatro - Poronominari, Saga Munduruku,Cunhã etc trata do indígena na cidade e no presente. A estética é a fusão do ritual Arawak-Tupi,Tukano com o teatro ocidental , o que criou uma nova forma de arte cênica premiada com 6 prêmios nacionais do Ministério da Cultura. Saga Bopeana... Abalo sísmico da Cobra Grande...
O Milton Hatoum ainda não entendeu que os Tupi devoraram o Bispo Sardinha. Continua com a estética das mil e uma noites árabes, capturando a dinâmica social da floresta pela linguagem e pela sintaxe do deserto, embebedado nas narrativas de sherazade... As capas de dois dos seus livros evocam o Tapete Voador... É muita maluquice em nome da Amazõnia ,poeta. Sobrou nós dois, de nossas gerações, perseguindo a estética da miscigenação bopeana. Deus nos proteja... Árabes ,Judeus e Filo-Portugueses , enquanto não assumirem a miscigenação serão "de fora", embora morando em Manaus e com endereço fixo.

Escreva, isto é: mande email (rssssssssss).
Abraços e saudades