quinta-feira, 19 de julho de 2012

JORNALISTAS DE VERDADE:SINDICATO DOS JORNALISTAS/AM DEFENDE A ÉTICA JORNALÍSTICA DO JORNAL NÃO PAUTAR OS MOVIMENTOS NEM SE IMPOR SOBRE OS FATOS


POR DAVID ALMEIDA - DIRETOR DO SINDICATO DOS JORNALISTAS

"En una grosera demostración de moral ciega, el artículo sobre las autoinmolaciones tibetanas culpa a la víctima en lugar de al acosador. "
                                           Nota del Editor: Tenzin Dorjee es director ejecutivo de Students for a Free Tibet, una red mundial de estudiantes y activistas que trabajan por la independencia tibetana. Escritor y activista, es un portavoz del movimiento mundial de la juventud tibetana

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A notícia sempre vai existir. Alguém vai ter que informar o que está acontecendo no seu país ou no seu pedaço de chão, certo? A democratização da informação se faz necessária, reta e precisa, para a interação e integração da raça humana, e pra isso acontecer, de uma forma justa e honesta, a informação deve, contudo, seguir nos moldes e padrões da ética e da responsabilidade de bons profissionais, compromissados, respeitosamente, com o povo.
Como sempre irão existir os camelôs da notícia e jornalistas de verdade – seja em blogs, twiters, ou em qualquer outra conquista da tecnologia, que futuramente vier a aparecer – a informação deve ser checada, pesquisada sob a luz da verdade, para poder seguir seu rumo e prestar um bom serviço.
Como vivemos em um país capitalista onde tudo vira produto, para se ganhar dinheiro, e atender, também, outros interesses, que alimentam o poder, muitos aproveitadores de plantão, com raras exceções, vão querer mudar de profissão, alimentar seus egos de pseudojornalistas e partir para a produção de notícias, sem se importar com a qualidade das mesmas, sem uma a apuração real dos fatos, viajando pela rede, como fuxico, boato, e às vezes até difamando, caluniando pessoas honestas.
É triste, mas isso já está acontecendo, pessoas estão deslumbradas, se achando poderosas com todo esse aparato tecnológico nas mãos, mas, sem conhecimento algum do que é capaz um meio de comunicação desse porte, e por isso, já fazem as redes cibernéticas balançarem, colocando a democracia, que é uma estrutura social, na lixeira. Claro, quem estudou, ralou para tal questão pode fazer a diferença, ganhando a credibilidade dos leitores. Mas demora! Ôôôô, mas como demora! O poder, e a velocidade de contaminação e destruição que tem uma má informação pode ser catastrófico, e devido à situação cultural do povo, o que era verdade, por incrível que pareça no mesmo instrumento de comunicação, caminha a passos lentos, parece até que a verdade não tem pressa, e a mentira é muito mais que veloz online, apesar das suas pernas curtas.
Acontece que, com o advento dessa maravilha, que agrega várias mídias, chamada Internet, nos defrontamos com uma aparente informação democratizada, tudo porque, a revolução é tecnológica e não social, mas que, na verdade, só ilude, fomentando mais ainda, a desinformação dissimulada, abrindo um leque de opções para a manipulação em massa, afastando mais ainda, o povo do poder, e podemos até dizer, que está a serviço da vontade de quem, sempre teve as rédeas da situação nas mãos.
O povo precisa saber o que é a democratização da informação com todos os seus filtros para poder não ser enganado: para saber votar; falar, escolher seus representantes: protestar, saber dos seus direitos; não se iludir com contadores de causos e donos de verdades; justiceiros que aparecem nos meios de comunicação da noite pro dia com o ar de super heróis; salvadores da pátria, sem qualificação alguma, fazendo doações de ranchos, oferecendo o paraíso como salvação, quando na realidade não estão democratizando nada, suas informações tem um fundo: o fundo de seus bolsos, que enche cada vez mais, levando ao fundo de um poço seco a dignidade de quem trabalha.
A notícia sempre vai existir, sim, pela cabeça de verdadeiros formadores de opinião, que pensam e trabalham na construção de um futuro melhor para a humanidade.

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