"E como não tenho nada de bom pra comprar ou pra vender, saio a caminhar perdidamente.../
Vitrines que espelham o resto de sopro que ainda me resta. /
será que tudo que cai do céu, feito peróla delirante (chuva, neve...) pode ser chamdo de poesia?!/
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Atravesso a cena do dia a dia feito um intruso./
Nas laterais da escola as meninas rebolam funk melhor que as putas de final de acarreira do Mistura Fina e os meninos ensaiam um assalto imaginário. /
Dia cinza, não te cabe hoje nenhum poema de amor.../
Largo outra vez o turpor para ser um ator esquecido... /
Enceno beijos. Fumaça lampejante do meu despreso..."
ROJEFFERSON MORAES
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