* Por José Ribamar Mitoso de Souza
Estou lendo A Expressão Americana , do cubano José Lezama Lima , escrito em 1969. Lezama foi um poeta, novelista e ensaísta que reinventou o debate sobre identidade cultural latino-americana nos agitados anos 60/70. Neste texto, que inspirou vários "Lezaminhas" pela America Latina e Caribe, o poeta cubano relaciona alteridade latino-americana com os princípios da estética barroca, que ele define como " forma privilegiada da expressividade mestiça da cultura da contra-conquista sócio-cultural do artista latino-americano" e como " expressão da miscigenação de subjetividades histórico-culturais oprimidas e não-hegemônicas, uma argúcia transcultural capaz de desacorrentar Prometeu, transformando seu fígado em prato civilizatório de alteridades que, dos lugares periféricos, fazem renascer perdidos "fígados", de lugares e civilizações diferentes. transmudando-os em alteridades miscigenadas e antropofágicas". Pensar a identidade Amazônica no pós-globalização por este ângulo ainda é de uma atualidade Prometeica! E polpem os seus fígados!
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