sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

COCOTÃO DE LA PRAÇA


Cocotão é personagem ficcional do conto Cocotão de la praça, do meu livro Contos Vagabundos. Cocotão, segundo o Saleh, também minha personagem do mesmo conto, apareceu morto. Não entendi porque o Rochinha, meu amigo do blog do Rocha, usou o título do meu livro de 1992 para a postagem da nota fúnebre, para o réquiem, e esqueceu de cita-lo.
Verdade que jornalistas e poetas usaram a vida do Cocotão como mote, mas a literatura de ficção é tão natural quanto a reportagem ou o poema. As hierarquias precisam acabar.
Creio que talvez meu amigo Rocha, como quase todo mundo, associe a vida marginal do Cocota à literatura do realismo cômico-fantástico, própria de autores rebeldes como eu. E isto talvez tenha levado meu amigo Rocha a achar que , assim como o Euler Cocotão foi excluído da vida social e assim como minha literatura é dos excluídos, nada mais natural que excluir-me da vida social e da notícia. Eu concordo.
De qualquer modo, no conto, Cocotão ri e debocha dos valores dos excludentes e dos opressores, e ainda faz amor com a mulher de um deles. No dia 17 de março de 1989 ou 1990. Dia do meu aniversário e dia da reinauguração do Teatro Amazonas, após uma reforma superefaturada. Enquanto todos os alienados faziam protesto por não terem sido convidados, eu, o Cocotão e alguns outros olhávamos a presepada de longe. E ainda sobrou mulher para o Cocotão acalmar. É um de meus melhores contos e o mais premiado!
Taí , Cocotão. Isto é que é ser imortal!
Grande Cocotão!
Hoje tem rock no céu!
E como disse o Cazuza: " Piedade , senhor, piedade, para esta gente careta e covarde. Piedade, senhor, piedade, lhes dê grandeza e também um pouco de coragem".

Um comentário:

  1. Fumar não é pecado nem virtude. Pecado ou virtude é fraudar licitação, vestibular e a verdade. Este discurso de criminalizar quem bebe ou fuma é para esconder os verdadeiros bandidos!

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