quarta-feira, 9 de setembro de 2009

SEGUNDA E QUARTA: O PETELECO

O jornal A Crítica( Manaus, Amazonas, Brasil) anda perdendo a compostura. No blog do Holanda, dedicado ao jornalismo informativo, milhares de pessoas postaram comentários sobre o papelão deste jornalão. Vende-se para o poder de plantão, monetariza a notícia e agora vive da venda de abadá. E também de festas com ingresso pago, financiada com o dinheiro do contribuinte.
Agora, vendida para o Amazonino, resolveu utilizar como linha editorial o que o prefeito chama de Petelecos. É o seguinte: Como bom leitor de Sun Tzu e Maquiavel, o coronel Amazonino nunca briga com quem formula críticas aos seus métodos autoritários de campanha ou de gestão. Ele põe alguém hierarquicamente inferior para degladiar com seus desafetos. O exemplo mais explícit foi na penúltima eleição para prefeito, quando colocou um vereador ligado aos programas Mundo Cão para brigar com seu adversário, Serafim Corrêa. Inventou até filhos clandestinos para o seu adversário, mas usando A TÁTICA DO VENTRÍLOQUO. Botou as palavras na boca de alguém.
Como o ventríloquo mais famoso de Manaus é o meu querido Oscarino Varjão, criador do quarentão boneco Peteleco, o povo apelidou o vereador de peteleco do Amazonino.
Este mesmo grupo, ainda nos anos 90, inventou um menino de recado, um peteleco para mim.
Como eu era o único escritor do Amazonas a propor um modelo diferente de gestão cultural, alternativo ao neoliberalismo, resolver criar um escritor artificial, um gerente de livraria, fraudador de vestibular, evangélico fanático, para me "substituir ". Resolver tranformar a literatura e o teatro em campos de "disputa política" e colocar este pamonha para me enfrentar.
Como o gerente não tinha discurso literário, resolveu bancar a mídia diz-que para abafar minha obra e ressaltar os feitos, o empreendedorismo do bufão. Criou até uma ONG fantasma, mas bem remunerada, para nutrí-lo de estrutura- Porangauw.
Não deu certo, evidentemente. Agora, neste final da primeira década dos anos 2000, o jornal A-Crítica resolver utilizar suas páginas para inocentar um fraudador de licitação e vestibular, lobista da indústria editorial, patrocinador do jornal, para ensiná-los a ganhar dinheiro sem licitação da secretaria de cultura do Amazonas. E enfrentar quem defende o Sistema Nacional de Fundos de Cultura e Conselhos Gestores.
O Jornal tenta criar na opinião pública a idéia de que, cada notícia sobre o lobista, é uma derrota para mim, para o sindicato dos escritores e para os que denunciaram 5 fraudes seguidas no vestibular da Universidade Federal do Amazonas.
Tudo isso é parte do jogo, mas agora tem um componente novo que o jornal precisa repensar, antes que o denuncie para a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas. As notícias sobre o meu peteleco, o meu Salieri, saem na segunda e na quarta-feira, exatamente nos dias que leciono na Universidade Federal. Acreditam que , com isto, baixam minha auto-estima, dificultam meu trabalho e me desacreditam diante dos alunos. E mais: O jornaleco colocou funcionários na minha sala para vigiar minhas aulas.
Isto é a Amazônia Fantástica. Nada de estranho se fosse literatura de ficção. Mas o problemas é que se trata de realidade e de perseguição. Mas eu sei como eles fraudam a receita federal. Porém, aí já estarei no campo deles, no campo do jogo sujo, e prefiro não ser carniça da ideologia do coronelismo de barranco.

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