A literatura panamazônica possui basicamente cinco estilos ficcionais: O naturalismo, o realismo crítico, o realismo proletário, o realismo fantástico e o real maravilhoso das lendas da tradição ameríndia. A forma da literatura de ficção tem sido basicamente a lenda , o apólogo, a fábula, o conto e o romance. O ensaísmo interpretativo , contudo, tem predominado sobre a tradição oral e a literatura de ficção.Dentro da tradição ensaística, a leitura histórica tem predominado, mesmo com uma razoavél produção sociológica e antropológica.
O livro do escritor judeu amazonense Márcio Bentes de Souza está dentro destra tradição. É uma leitura sobre o passsado, sobre a ocupação histórica e colonial da Amazõnia.
Meu livro sobre a panamazônia trata do presente. Trata dos acordos de cooperação cultural, científica e tecnológica e de comunicação social. E esta diferença entre a leitura do passado e do presente não está só no Ensaio. A obra teatral deste autor judeu trata também da reação indígena a ocupação colonial, no passado e na floresta. Minha dramaturgia trata do indígena no presente e na cidade, lutando por direitos de cidadania.
Essa minha diferença de escritor caboclo para este escritor judeu é que ele está no mundo literário para competir no mercado, inclusive "saindo na frente do concorrente". Eu estou para gerar consciência e revolução. Estas duas obras são complementares e a minha não é para o mercado, é para o circuito universitário, internáutico, da rede pública de ensino. Leciono instituições na UFAM e a Organização do Tratado de Cooperação Amazônico é parte do conteúdo programático. Entra como um bloco econômico regional, anterior ao mercosul e a união européia. Entra como um novo Estado transnacional pós-globalização. Nada disso esta no livro do escritor judeu. Por isso não adianta as editoras patronais e seus lambaios quererem me colocar na "disputa de mercado". Sou comunista e luto contra isso. Estão perdendo tempo...
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