
Márcio Santana foi meu aluno de Teoria da Literatura na Universidade Federal do Amazonas. Muito mais que isto: é meu companheiro contista. Muito mais ainda: é meu editor na Revista Sirrose. Portanto, qualquer crítica literária sobre este seu livro de contos seria parcial. Toda crítica de arte, aliás, é parcial. Não há objetividade científica nisto. É subjetividade pura. Senão deixa de ser arte ou discurso artístico. Não tem outro jeito. É muito mais uma crônica sentimental que um ensaio frio . E é bom que assim seja. Assumir isto é romper com pretensa cientificidade sobre a arte, um jogo de mentiras articuladas para fortalecer uma tendência de mercado e agregar valor a um produto. Portanto, é a coerência entre a vida e a obra que desvela o conteúdo e a forma! Aproximações são possíveis, especialmente para alertar a recepção sobre gêneros, formas, estilos e linguagens. Aproximações apenas. Nada além disto! Neste livro de contos, o gênero é o humorístico, a forma é o conto, o estilo é o realismo crítico e a linguagem é a objetiva. Mas tem que ler para compreender a marca de pessoa, aquilo que faz a narrativa ser de alguém e de mais ninguém! E que viva a Coleção de Rua!
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