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OBS: TEXTO ENVIADO PELA CIRANDA INTERNACIONAL COMO POSIÇÃO OFICIAL DO CONSELHO INTERNACIONAL DO FSPA
O VI Fórum Social Pan-Amazônico segue firme em seu processo de construção do Conselho Internacional/FSPA.
Resultado de diversos processos, o Fórum Social Pan-Amazônico (FSPA) é o filho mais velho de vários outros oriundos do Fórum Social Mundial (FSM), tendo realizado o seu primeiro encontro em janeiro de 2002, na cidade de Belém (Brasil).
Atualmente o FSPA articula mais de 40 organizações e movimentos sociais do Brasil, Peru, Estado Plurinacional de Equador, Estado Plurinacional de Bolívia, Colômbia, República Bolivariana da Venezuela, República Cooperativa da Guiana, Suriname e Guiana.
Didaticamente podemos considerar que os principais objetivos desta grande frente são: debater e analisar os temas Pan-Amazônicos; identificar caminhos para a superação dos problemas apontados, o que necessariamente implica na superação do próprio sistema vigente; e finalmente, contribuir na articulação de ações conjuntas, dentro e fora do espaço Pan-amazônico.
O último fórum (V FSPA) foi realizado em Santarém (Brasil), em 2010, quando aproximadamente 4 mil pessoas, entre povos indígenas, quilombolas, trabalhadores rurais e urbanos, pescadores, ribeirinhos, estudantes, sindicalistas, ambientalistas, intelectuais, artistas, ativistas dos movimentos sociais e populares, entre outros, reuniram-se para pensar ações Pan-amazônicas, resultando naquela que ficou conhecida como Carta de Santarém.
O VI FSPA será realizado na cidade de Cobija (Bolívia), no final de 2012, esperando-se também um público que deve variar entre 4 a 5 mil pessoas. Este evento está sendo aguardado com muita expectativa, principalmente porque a Bolívia passa hoje por um processo de intensa discussão sobre que modelo de desenvolvimento adotar, debate que de fato norteia todos os países da Pan-Amazônia.
Porém, antes que os tambores amazônicos rompam o silencio da floresta com a abertura do próximo fórum, ocorrerá naquele mesmo país, possivelmente no mês de março/2012, a reunião do Conselho Internacional (CI) do FSPA, quando serão definidos, entre outras coisas, os seus eixos temáticos.
Com o sucesso metodológico do fórum de Santarém, o VI FSPA também deverá ser composto por uma pluralidade de atividades, articulando as atividades autogestionadas com as centralizadas, estas últimas pautadas por espaços e eixos específicos, sempre culminando com ações e planos de luta unificados em toda a Pan-Amazônia e conectados com o resto do mundo.
Tanto este processo metodológico, quanto as inovações que poderão surgir, serão discutidos e aprovados na próxima reunião do CI/FSPA. Nesse sentido, já estão ocorrendo várias atividades preparatórias para esta reunião, como a oficina realizada nos dias 24 e 25 de novembro de2011 em Cobija, e outra que acontecerá no dia 15 de dezembro em Belém.
O VI FSPA certamente também será norteado pelo protagonismo entre Cultura, Comunicação e Política, tríade resultante de um processo intensificado no FSM de 2009, momento no qual foi construído o Termo de Cultura do FSM, o qual nos ensina que “A Cultura movimenta a história, irriga as florestas, carrega a memória e o destino, cria e transborda as práticas de nossa Política (…)”.
As informações sobre como participar dos Encontros sem fronteiras, regionais e temáticos, tradicionais eventos que antecedem o FSPA, e sobre como participar do próprio VI FSPA serão em breve divulgadas.
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