No final do século XIX e início do século XX, um padre e teólogo cristão alemão, Strauss, perdeu a compostura e resolveu atacar Jesus.
Afirmou que, caso houvesse existido, Jesus seria um impostor e ególatra, pois ele mesmo teria inventado esta blasfêmia de iludir os outros afirmando que era filho de Deus. E o único.
Um filósofo ateu, Nietzsche, saiu em defesa de Jesus- não do cristianismo, que ele combateu.
Afirmou que Strauss era o farsante, o impostor e o ególatra. Queria fundar um novo cristianismo, mas sem Jesus...Idiota!
Vejo-me na posição de Nietzsche, embora D. Luiz seja o oposto de Strauss.
Um ateu que precisa mostrar aos seus incautos leitores a grandeza de um cristão: D.Luiz Soares Vieira!
Em duas oportunidade convivi com D. Luiz.
A primeira nos anos 90. Na época, houve uma ofensiva de programas televisivos obscurantistas, Canal Livre à frente, contra o Fórum pela Ética na Política, composto por cerca de 500 entidades e coordenado pela CNBB e pela OAB.
Eu , como professor de Hermenêutica e Redação e Linguagem da Faculdade de Direito da UFAM, representava a OAB. Pe. Humberto Guidotti, representava a CNBB.
A campanha era pesada. Quase nos matam, talvez para expor os cadáveres, ainda saindo fumaça do corpo, como faziam com os desvalidos.
A Assembléia Legislativa fez uma audiência pública para debater e solucionar o problema.
Conheci D.Luiz aí e me apaixonei por ele. Combinamos o discurso. Eu e Gaia Nina , pela OAB, e o arcebispo pela CNBB. Funcionou.
A segunda vez , agora nesta segunda década do século XXI. Setores obscurantistas do mercado editorial, travestidos de escritores, processaram um conto e um artigo publicados no meu blog literaturapanamazonica.blogspot.com
Mostrei a D.Luiz que aquilo era uma ofensiva obscurantista e passadista dos setores monopolistas da indústria cultural. Colonial e intolerante. Fuleira. Reacionária. Risível, aos olhos da democracia. Mostrei que , mesmo no caso da ficção, que ultrapasssa a realidade, tudo estava documentado.
D.Luiz leu e disse que eu deveria continuar cuidando da minha saúde, abalada por um acidente e por uma doença funcional. Que meus filhos precisavam de mim, que a universidade precisava de mim , que a literatura precisava de mim, que o movimento cultural precisava de mim. Disse isso, riu e convidou-me para um café na sua cozinha.
Comemos bolho de milho, tomamos café e conversamos sobre Jesus, alimentação, plantas medicinais e a APA -Tarumã.
Disse a D.Luiz que Jesus intuiu o que as teorias modernas sobre nutrição e fisiologia provaram. O Mestre de Nazaré afirmara, a seu tempo, que devemos comer alimentos vivos, como frutas, verduras, grãos, raízes. Que devemos evitar alimentos mortos como carnes, massas e doces. Os vivos já trazem as enzimas da digestão. Os alimentos mortos , segundo os nutricionistas, retiram as enzimas do corpo. Isto é ruim para a saúde.
- Devemos evitar , segundo Jesus, inclusive o bolo de milho? Disse ele sorrindo, com o mesmo sorriso maroto da foto acima.
Inclusive o bolho de milho, eu respondi, também sorrindo.
Afirmei também que, no evangelho apócrifo de Tomé, ele conta que Jesus afirmara que devemos morar em casa de madeira ou barro, materiais que Deus nos deu. Que, hoje sabemos, o cimento contém mais substâncias cancerígenas que o tabaco industrial e o papel do cigarro. Cada três anos morando numa casa de cimento, representa, segundo projeções de estudiosos, um ano a menos de vida . É um dos fatores da desordem biológica moderna , que inclusive leva ao câncer.Teríamos que derrubar toda a civilização industrial capitalista para recompor a saúde e garantir a longevidade da humanidade!
- Você conhece alguma casa de madeira ou barro boa em que eu possa morar? Perguntou ,novamente com ironia e com o sorriso maroto.
Na Apa Tarumã, a maioria é de madeira, inclusive a minha, respondi.
D. Luiz perguntou sobre a flora da APA e falei da flora e da fauna , que poderia ser aprecida no blog sosaguabrancaonline.blogspot.com . Falei sobre as orquídeas, helicônias e outras flores. Falei das plantas medicinais da área , como a cana-de-macaco e outras.
Continuamos uma "conversa grande" , como dizem os sábios do povo Yepá-Mashã, do alto Rio Negro.
Nos encontros seguintes, nossa conversa começou na cozinha, sempre com D.Luiz rindo e afirmando:
- Tem o bolo de milho que você tanto gosta e que Jesus não recomendava.
D. Luiz é este ser humano. Sagrado.
Feliz aniversário , querido.
E , após a aposentadoria, que Deus lhe encaminha para Manaus, para a APA -Tarumã. Para morar no tipo de habitação e comer a comida que Jesus recomendou.
SOBRE AS ENZIMAS -passei a consumir apenas comidas cruas, ou comidas vivas, que agora defino como “alimentos preparados pelo sol”. O conceito, o princípio por trás dos “alimentos preparados pelo sol” é que o processo de crescimento das comidas é o processo de cozimento. Então, o período de tempo que uma planta leva para florescer, atingir a maturidade e amadurecer é o processo de cozimento. O alimento está pronto, perfeitamente cozido da maneira mais metódica e científica possível. O chef é o sol. O calor do sol cozinha a comida durante o processo de crescimento.
ResponderExcluirMuitos de nós, seres humanos, acreditamos que podemos melhorar o trabalho de Deus, o trabalho da Mãe Natureza. Pegamos a planta já madura e a fritamos, cozinhamos, assamos, etc. Isso é um insulto ao Criador, é como dizer a ele “Você não completou seu trabalho, as plantas não estão prontas e eu vou completá-las”. Fazendo isso você está matando os vegetais, matando os alimentos, você está destruindo a energia vital das comidas.
Plantas, plantas que servem de alimentos, animais e seres humanos, todos funcionamos num nível enzímico. Nossa força vital depende da atividade enzímica dentro de nosso sistema. Enzimas são catalisadoras, engenheiras sensíveis ao calor. Quando você expõe qualquer organismo vivo a temperaturas acima da maior temperatura no planeta, que é de 57° celsius registrada no Vale da Morte na Califórnia, que é chamado assim porque não há vida lá, você mata suas enzimas, você mata a vida, você destrói a ética daquela vida, daquele alimento, daquele animal e dessa forma a comida não consegue promover ou manter a vida em um nível otimizado. Isso ocorre porque, nesse processo, as enzimas digestivas necessárias para facilitar a digestão são destruídas.
Comidas proteicas como nozes, sementes, abacate e coco têm propriedades digestivas capazes de auxiliar na absorção de proteínas e de gorduras, mas se você mata suas enzimas, elas perdem essas propriedades e não conseguem mais participar do processo digestivo. Assim, internamente, nosso corpo vai precisar produzir as enzimas digestivas necessárias para digerir os alimentos. Mas a produção dessas enzimas digestivas é o maior trabalho que você pode requisitar ao seu corpo, é uma tarefa monumental. O corpo é forçado a produzir uma quantidade extra de enzimas durante a vida inteira, sejam elas enzimas digestivas ou enzimas metabólicas, para executar todas as nossas tarefas vitais. Nossos órgãos, os rins, os pulmões, o coração, todos eles produzem enzimas específicas constantemente para nos manter vivos.
Quando o corpo é desafiado a produzir essa quantidade excessiva de enzimas digestivas, a sua produção de enzimas metabólicas diminui, principalmente quando comemos aqueles pratos enormes de comida cozida em eventos como esse, em casa ou em qualquer lugar. Não importa se comemos proteínas animais ou vegetais, não importa se comemos tofu, frango ou peixe. Se cozinhamos esses alimentos, suas enzimas digestivas são mortas e o corpo vai ter de compensar essa perda, produzindo uma quantidade apropriada de enzimas digestivas para digerir estes alimentos.
Por isso é comum ter sono logo após de comer pratos enormes nas refeições ou de se alimentar de comidas pesadas que foram cozidas. Seu corpo vai trabalhar de um modo intensivo para produzir as enzimas digestivas e vai diminuir a produção das enzimas metabólicas. O coração, os pulmões, os rins dizem:
— Me dá um tempo. Você bateu um pratão de arroz integral, de tofu e de outras comidas cozidas e agora você está produzindo enzimas digestivas para processar toda essa comida, mas não está mais produzindo uma quantidade adequada de enzimas metabólicas para que eu possa fazer meu trabalho. Por isso eu vou ter que descansar um pouco. Me dá um tempo, assim você vai poder produzir toda essa quantidade de enzimas digestivas.
Aris La Than - Autor do texto sobre as enzimas
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